Poucas palavras bastam para sabermos que somos um “tanto ou quanto” universais. Paixão, amor, solidão, ilusão, fantasia e todos os reinos povoados desses sentimentos que nos atravessam por dentro e são sempre nossos, inteiros, com muita força e graça e sem dó nem piedade. É o infinito de todas estas composições que nos atira para qualquer palco, em busca do entendimento de nós mesmos, numa viagem ininterrupta, na contramão da coisa.
Existem culturas e culturas, memórias, hábitos, costumes e tudo o que se configure na alma do lugar, nas características essenciais. O que mais surpreende, como num filme de suspense é que, ao passo que temos mais acesso ao mundo, a sua multiplicidade e cumplicidade, despudor, liberdade, invenções, ainda parece que estamos a viver como os nossos pais.
A dor continua, tão insistente como quando começou, e o que mais se tinha medo é tão real que não se pode nem mesmo virar a cara como num estalo de pudor, é o que somos. Talvez nem sejamos ainda tão liberais nos costumes e ainda guardemos um saudosismo pelas pessoas e lugares que conhecemos, mas não sabemos quando será a próxima viagem.
Afinal, talvez nem sejamos muito universais, mas sabemos a carga dos sentimentos que compartilhamos ou damos a alguém num ato de altruísmo; às vezes todos desejamos a recompensa, um pouco da retribuição para nos sentirmos conectados e seguros na teia que nos une como seres humanos, sem distinções.
Fonte contioutra.com
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