Depois de um dia atarefado com o regresso à rotina, chegámos finalmente a casa. Entre a tentativa de arrumar tudo o que ficou espalhado pelo chão (com a entrada de rompante em casa), os lanches, a correria para me sentar no sofá e trabalhar mais um bocadinho, demorei mas lá consegui.
Filhos espalhados pelos seus quartos e aparentemente serenos. Jantar ao lume. Desorganização da entrada arrumada. Portátil na mão. Agora sim parece que está tudo pronto para recomeçar!
Lá para dentro apenas se ouvia a Matilde a cantar. Volta ou não volta, ouvia um barulho estranho, parecia que alguma coisa caí, mas não percebia o que era. Do sofá gritei – Matilde, que barulho é este? Mas nada a Matilde continuava a cantar. Lá esperava mais um bocadinho e de novo aquele barulho. Mais uns minutos e outra vez…estranho – Oh Matilde! O que é que caíu? Perguntei eu. Desta vez a Matilde respondeu – Nada, mãe!
Muito bem se não é nada vamos lá continuar que ainda há muito para fazer. De um momento para o outro ouço de novo o barulho, mas em cadência acelerada, parecia que a casa estava a cair. Máu! Maria onde estás? – A arrumar! Respondeu em voz baixa. Levantei-me a correr e fui direta ao quarto para ver o que se passava.
Sim! A Maria estava a arrumar, mas a arrumar-se (a ela) dentro da caixa dos sapatos, sendo que para lá caber os sapatos tiveram que voar cá para fora! Queria eu não me ter desfeito a rir, mas não deu para controlar. O sorriso de diversão e gozo da Maria era impagável! – Oh Maria, isto é arrumar? Resmunguei eu. A Maria respondeu a rir – Sim!
Claro Maria tens razão, nos últimos dias foram tantas as arrumações que chegou a vez de te arrumares na caixa!
Pel’ A Mãe da Maria
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