Vivemos num país maravilhoso, rodeado de mar e com condições de excelência para a prática de desportos marítimos. Quem vive no litoral, está a escassos minutos da praia, que pode aproveitar quase diariamente, ou não tivéssemos nós 300 dias de sol por ano.
O surf é um desporto fantástico, em que os praticantes, para além do exercício fisico, estão sempre em contacto com um dos recursos mais revigorantes – o mar!
Há uns dias atrás, a minha amiga Isabel Tavares, partilhou comigo um brilhante artigo que escreveu sobre o trabalho da Associação Portuguesa de Surf Adaptado e deixou-me cheia de vontade de os conhecer. Falámos e a Isabel desafiou-nos a participar numa das iniciativas da associação. Aceitámos de imediato!
Ontem lá fomos bem cedinho. O dia estava fantástico e ao chegarmos à praia de Carcavelos, o cenário e o ambiente não podiam ser melhores. Fomos recebidos pela Isabel e família e por um grupo de gente fantástica e descomplicada (organizadores, técnicos e voluntários), prontos para fazerem as delícias daqueles que por restrições (físicas ou mentais), precisam de ajuda para abraçar uma prancha e enfrentar o mar.
A Maria tem restrições. Não domina a arte da deglutição e a água na cara pode representar perigo. Mas só vos tenho a dizer que, quando a entregámos nas mãos dos monitores, não temi nem um segundo. Para além de serem uns profissionais exímios e experientes, na arte do surf, o cuidado e o carinho que têm por todos os que ali estão a viver o sonho, é inspirador.
Ontem a Maria já se deitou na prancha. Não fosse a água estar fria, até teria aguentado um pouco mais. Mas divertiu-se e acima de tudo experimentou algo que até à data era apenas um sonho.
Há gente neste país que faz a diferença e o grupo desta associação é um exemplo disso. Parabéns a todos e muito obrigada!
A mãe da Maria (Ana Rebelo)
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