Todos nós tivemos (ou temos) o nosso peluche favorito. Aquele com quem falávamos à noite, queríamos levar para todo o lado, aquele que fazíamos birra se nos tirassem. Aquela coisa de tecido e algodão que nós gostávamos tal como se fosse gente e que para nós era!
A Maria apesar de ser exceção em muitas coisas, neste caso não é. Eu admito que também tive um era a Aurora. O da Maria é a Mifi!
No dia em que estávamos a fazer as malas, ainda em Lisboa, ela pegou na Mifi e disse:
– Mala! Mala!!
No meio da confusão não entendi o que dizia e perguntei-lhe:
– O que foi Maria?
– Mala! Mano, mala!!
Respondeu com um ar aflito. Peguei nela e levei-a até a mala. Atirámos a Mifi lá para dentro e a Maria soltou um mega sorriso!
No dia em que chegámos ao Algarve, depois do pai e da mana terem saído do quarto, eu fui desfazer as minhas malas. Quando passei pela da Maria vi a Mifi. Chamei-a e entreguei-lha. Ela mal a viu, abriu um sorriso de orelha a orelha, deu-lhe um enorme abraço e não a largou mais. Está visto, a Maria também adora o seu peluche como se de gente se tratasse!
O irmão da Maria (Tomás Rebelo Pires)
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