Que me perdoem as outras inúmeras formas de demonstrar carinho, mas o abraço é fundamental para o coração viver em pleno.
Não há gesto mais bonito! Ele perdoa, consola, é gentil e simplifica tudo aquilo que gostaríamos de dizer quando não encontramos palavras.
No abraço o tempo é algo à parte. Não se contam os segundos e os minutos, da mesma forma, cada um tem o seu próprio compasso. Nele, existe uma espécie afetiva capaz de manipular o sentido de passagem, onde os instantes ganham explicações e confortos.
Como é bom abraçar e ser abraçado. Abraçamos porque nos queremos aproximar e somos abraçados porque estamos dispostos a aproximar-nos. O abraço é uma melodia de braços que se confundem e fazem falta quando ficam espaçados.
O abraço completa. Porque o abraço não é exclusivo dos braços. Ele é cheiro e conforto, de quem está no encontro, que cria sintonia. Um acordo sem cláusulas, um compromisso sem obrigação, um vínculo sem posse.
Abraços são letras e melodias sinceras. Acontecem sem hora, data ou lugar marcado. São livres para estarem e serem quem quiserem. E dessas liberdades genuínas, nascem o respeito e a admiração por todas as formas e jeitos.
Num abraço cabe de tudo…
A mãe da Maria (Ana Rebelo)
1 Comentário
Aprendi a gostar de abraços. Abraços é muito íntimo. Mais íntimo do que dois beijos fugidios na face. São corpos que se tocam, cheiros que se sentem… para quem foge do contacto sincero com o outro, o abraço não é bem vindo. Mas para quem procura acarinhar o outro, acalmar, transmitir paz… o abraço é o meio de expressão. Há abraços que são ninhos, refúgio, lembranças de força e amor.
Com um abraço