Muitas vezes, mesmo inconscientemente superprotegemos os nossos filhos. Cá por casa tentamos não o fazer. Nem sempre é fácil, mas sabemos que uma das chaves fundamentais para a felicidade da Maria é mesmo essa – ser tratada tal como os irmãos.
Hoje partilho um texto da especialista em desenvolvimento da Fisher Price, Teresa Ruas, que nos dá algumas indicações sobre o tema.
“Uma característica comum de pais que têm filhos com deficiência é protegê-los demais, o que pode ser um fator prejudicial para o ganho de independência e autonomia da criança. Toda e qualquer criança, independente da deficiência, terá os seus ganhos, as suas habilidades e as suas dificuldades. A conduta dos pais em não permitirem que a criança experimente o que tem que viver, diante do desenvolvimento apresentado, seja por medo, insegurança, dó, entre outros sentimentos, só dificultará ainda mais as conquistas da criança”, explica.
Nenhuma deficiência é sinônimo de que a criança não se desenvolverá. Desenvolverá sim! Desde que ela receba o tratamento e as orientações necessárias, além de todos os envolvidos respeitarem o seu ritmo de aprendizagem e de desenvolvimento. Apresentar um ritmo mais lento, não significa que a criança não esteja aprendendo.
Permitir que os filhos passem por aquilo que devem passar é a orientação mais importante. Para nós que somos pais, isso não é nada fácil, mas temos que proporcionar situações em que os filhos possam expressar o que são e como são. E a escola é um lugar privilegiado para que isso aconteça.
Um lugar propício para que ocorra a aprendizagem em conjunto, mediante o acolhimento das diferenças e das dificuldades. Portanto, encontrar uma escola com uma metodologia que acolha as características e necessidades da criança é um dos melhores caminhos para garantir o desenvolvimento integral e a participação social da mesma.
No caso dos filhos deficientes, vê-los como eles são, e não como os pais gostariam que fossem, é o primeiro caminho, entendendo as limitações, as dificuldades, e festejando as conquistas. Caso os pais não aceitem as características que o filho apresenta, será ainda mais difícil a evolução da criança. Afinal de contas, todas as crianças precisam de ser acolhidas e amadas para se desenvolverem e se transformarem.”
Fonte bolsademulher.com
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