Recostada numa cadeira aproveito para escrever tudo aquilo que os meus sentidos conseguem alcançar. Ouvem-se risos, “ralhetes”, muita conversa e assim numa fingida calma se vive mais um dia de praia.
Ao longe ouço falar de futebol. Atiram-se palavras para o “ar” em tom de troça, mas a resposta não se faz tardar e com uma crença indestrutível de que “este ano é que é”. Do outro lado ouço mães a falar, dos filhos, das escolas, das professoras. Umas mais felizes que outras, mas como sempre são histórias. E não é mesmo disso que a vida é feita?
O cheiro a protetor solar paira no “ar”. No segundo seguinte vejo crianças a correr e o cheiro a bolos, acabadinhos de fazer, invade o nosso espaço. Todos querem uma bola de berlim e o Sr. Luís não sabe para onde se virar.
As palhotas estão repletas de gente. Enquanto uns desfrutam da sombra para dormir, outros vão espreitando o telemóvel e ainda há os que aproveitam o tempo para ler. Alguns correm pelo areal, a escaldar, em direção ao mar. Outros sobem, já frescos, para a tolha alcançar. Neste sobe e desce lá se vão cruzando e afirmando o quão boa a água está.
Já a Maria e eu estamos aqui, as duas a namorar e a observar tudo aquilo que nos rodeia. A aproveitar este dia fabuloso de praia, para aprender mais sobre ‘gente’ e a valorizar cada segundo que estas férias têm para nos dar.
Amanhã, se Deus quiser, há mais!
A mãe da Maria (Ana Rebelo)
Sem comentários