Dizem que a vida é curta e que passa num piscar de olhos. Que quando nos damos conta estamos a viver mais do passado e das suas memórias, do que no presente e no agora.
Mas a verdade é que mais que temer a fugacidade da nossa existência, tememos os erros, as quedas e os momentos em que nos perdemos no caminho.
O mais aterrador é a possibilidade de uma vida não vivida. A possibilidade de permitirmos que os nossos dias passem enquanto estamos embrenhados nos planos e sonhos dos outros.
Por vezes demoramos demasiado tempo para perceber que a vida que estamos a viver não nos faz feliz. Deixamo-nos levar por esperanças e ilusões que pouco a pouco se quebram. Talvez por algo que uma vez nos prometeram e que não se concretiza, ou simplesmente porque pensámos que era esse o caminho e afinal não é.
São muitas as causas e formas pelas quais a vida passa sem cor, mas todos nós temos a capacidade de lutar e agir para não o permitir.
Poucas coisas são tão pessoais como o modo que genuinamente desejamos viver a vida, por isso não podemos deixar que nada nem ninguém nos paralise ou direcione obrigando-nos a desistir de sonhos e planos para seguir os seus caminhos! Vamos lá viver a vida com muita cor.
A mãe da Maria (Ana Rebelo)
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