A sorte que é estar vivo

Fevereiro 18, 2017

É impossível não pensar na sorte que é estar vivo. Estamos aqui por um período tão curto de tempo. Uma vida, um sopro, uma fragilidade do tempo.

Sempre que alguém corre perigo ou uma luz se apaga, tentamos encontrar palavras, pensar em coisas para dizer, mas é muita pretensão querer achar as palavras certas. Não existe nada que possa ser dito. A única opção é emanar energia positiva e abraçar forte em forma de cumprimento.

Pergunto-me quantas vezes já saí de casa sem dizer uma palavra, sem esperar uns segundos a mais no abraço, sem me importar com mais nada a não ser o objetivo da saída. Acredito que é inevitável e quando chega a hora, não há nada a fazer, mas porque é que fazemos isto?

Cada vez que alguém “desaparece”, digo sempre aos meus que é hora de reforçarmos laços. É hora de dizer e relembrar a cada um que amamos a importância que têm na nossa vida. É hora de pensarmos na nossa própria existência.

Abrir os olhos e estar vivo é um presente. É uma graça que nos é concedida a cada dia. Poder tocar o outro é tornar essa vida mais valiosa.

Que Deus conforte o coração e continue a dar abrigo aos que conhecem a sensação de perder alguém querido, e que nos dê a capacidade de viver cada segundo como uma dádiva sem nunca desperdiçar nada.

A mãe da Maria (Ana Rebelo)

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1 Comentário

  • Responder Isabel de Miranda Fevereiro 19, 2017 em 08:02

    Ana, verdade! Com o caminhar na minha estrada da vida (idade) sinto o quanto é importante dizer e fazer sentir o nosso amor não devemos ficar só nas palavras, como muito bem a minha avó dizia “palavras? O vento leva”, atitudes, essas sim ficam. Mas se conseguirmos unir as duas, é ouro sobre azul. Eu continuo a tentar todos os dias, dizer e fazer sentir.

    Beijinho

    Isabel Miranda

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