Até agora nunca tinha parado para pensar o quanto a Maria me põe na linha. De mansinho e com muita sensibilidade, vai-se aproximando e dizendo (quase sem falar) que está na hora de acalmar.
A vida corre e tudo aquilo que fazemos vai-nos absorvendo, mas sempre que ela acha que a minha energia está a quebrar ela puxa-me para a realidade.
Começa por me chamar, literalmente sem parar, até eu lhe dar a atenção que quer. Pede-me abraços prolongados e não me autoriza a largar enquanto não estiver satisfeita. Ralha comigo – tal como ralho com ela – para ficar a descansar.
Não exige muito tempo de mim, mas só fica sossegada quando sente que para além de feliz estou de baterias carregadas para seguir!
Esta miúda…
A mãe da Maria (Ana Rebelo)
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