Um dos maiores desafios na ativação da inclusão em Portugal, passa por combater a “invisibilidade” das crianças portadoras de deficiência. Por muitas pesquisas que façamos, a conclusão é sempre a mesma: há poucos dados precisos sobre o número, quais as deficiências e como a deficiência afeta a vida destas crianças. Sem estes dados, será que existe um “marco” confiável para alocação de recursos, por parte, do estado?
Segundo os censos de 2001, onde os portugueses foram inquiridos no conceito mais restrito de deficiência (visual, auditiva, motora, mental, etc), cerca de 6% dos cidadãos residentes em Portugal eram portadores de deficiência. Mas, onde estão? Escondidos da sociedade?
Chamar à atenção, acabando com a “invisibilidade”, das crianças portadoras de deficiência é com certeza um primeiro passo para o desenvolvimento da inclusão. Poderá alcançar-se este objetivo de muitas formas, mas sem dúvida que o mais importante será trazê-las para o interior da comunidade – torná-las visíveis!
De todas as iniciativas para estimular a inclusão, acredito que, as que terão maior probabilidade de sucesso serão aquelas implementadas no interior de um “quadro” de desenvolvimento para as crianças na globalidade.
Não será difícil caminhar neste sentido, se tivermos presente que toda e qualquer criança é única, e que é dentro da sua individualidade, que se deverão centrar todas as atenções. Fica a pergunta no ar, onde estão e quantas são as crianças portadoras de deficiência em Portugal?
Algumas certezas já tenho a Maria é visível, está incluída na sociedade, é bem recebida e acima de tudo uma criança muito feliz!
A Mãe da Maria (Ana Rebelo)
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