Ontem já cheguei a casa muito tarde. Pouco foi o tempo, que consegui estar com os miúdos. Antes de dormir, enquanto lia, descobri este texto que me fez pensar e sorrir. Partilho convosco, na esperança que vos faça sentir o mesmo que eu senti:
“Entre a inocência da infância e a compostura da maturidade, há uma deliciosa criatura chamada criança.
Embora se apresentem em tamanho, pesos e cores sortidos, todas as crianças têm o mesmo credo: aproveitar cada minuto de todas as horas de todos os dias e protestar ruidosamente (pois o barulho é sua única arma) quando o seu último minuto é decretado e os adultos os empacotam e os colocam na cama.
Uma criança é a verdade com o rosto sujo, a beleza com um corte no dedo, a sabedoria com uma pastilha colada no cabelo, a esperança do futuro com uma rã no bolso.
Uma criança é um ser híbrido: o apetite de um cavalo, a energia de uma bomba atômica de bolso, a curiosidade de um gato, os pulmões de um ditador, a imaginação de um Julio Verne, o entusiasmo de um bombeiro e quando se empenha a fazer alguma coisa é como se tivesse cinco polegares em cada mão.
Gosta de gelados, pedaços de pau, bichos grandes…dos pais, sábados, domingos e feriados e mangueiras de água.
Não é partidária do catecismo, escola, livros sem figuras, lições de música, colarinhos, barbeiros, agasalhos, adultos e “hora de dormir”.
Ninguém se levanta tão cedo, nem chega tão tarde para o jantar.
Ninguém se diverte tanto com árvores, cachorros e mosquitos.
Ninguém é capaz de colocar num só bolso: um pau, uma maçã comida pela metade, um saco plástico, duas pastilhas, três moedas e fragmentos de substância ignorada.
Uma criança é um ser mágico. Podemos mantê-la fora do escritório, mas não podemos expulsá-la do coração. Podemos pô-la fora da sala de visitas, mas não podemos tirá-la da mente. Quer queiramos, quer não, elas são nossas donas, nossos patrões, uns “nicos” de gente, um saco de encrencas.
Mas, quando, à noite chegamos a casa com as esperanças e sonhos cansados e em pedaços, elas possuem a magia de num segundo soldá-los, apenas com duas palavras: Olá Mãe…”
Fonte http://www.r7.com (mensagem Inocência de Criança)
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